Uma vida ordinária. É isso que você realmente quer? Fazer tudo igual a todo mundo, tomar decisões pautada na visão dos outros, que também foram feitas a partir da visão de outros, e no fundo ninguém sabe direito o que está falando?
Num mundo onde a ignorância e o medo tendem a controlar as ações da sociedade reprimindo os diferentes, o mais comum é ficar pensando em quem colocar a culpa. Talvez ela não seja minha, nem sua, já que é fácil se considerar uma pessoa de bom caráter, sem preconceito. O difícil mesmo é olhar a própria ferida, se conscientizar das falhas que escondemos de nós mesmos.
Em um piscar de olhos, somos levados a nos comportar de maneira automática, acreditando ser a única forma de viver ou porque nunca paramos para pensar a respeito.Diante desse cenário, imaginem o que somos capazes de fazer se saíssemos dessa rotina corrida para analisar como que o seu interior, está sendo impedido, pelo exterior, de superar essa mesmice tóxica do dia a dia.
No inverno, as folhas das árvores tendem a cair, para que no tronco possa ser concentrado todos os nutrientes e água. Essa medida serve para o fortalecimento da base, deixando todos os recursos disponíveis para seu crescimento interno. Assim como as árvores, claramente mais espertas do que a maioria de nós, devemos fortalecer o nosso interior, as nossas verdades, deixando que as folhas, as flores nascidas de uma certeza antiga caiam, dando espaço para a renovação.
A questão toda, que não nos permite agir com a naturalidade da natureza, é que não fomos acostumados a prestar atenção no que estamos fazendo, porque são oferecidas muitas distrações, muitas formas de escape da realidade dos nossos verdadeiros sentimentos e pensamentos, como uma maneira de evitar problemas, e evitar a “perda” dessas folhas que achamos ser necessárias manter.
Resolver os próprios dilemas, observar os pensamentos, as falas, o nosso comportamento é a chave para não deixar que a nossa vida seja determinada pelo que esperam que nós sejamos. Quem nunca foi rotulado de algum nome ou alguma característica por tanto tempo que até passou a se chamar daquela forma? “Você é tão preguiçoso”, “Você nunca vai terminar esse trabalho”, “Você é tão grosso”, “Impossível que você consiga passar nessa prova”. Quem decide quem você é, é você com as suas atitudes. Apontar o dedo para o outro e determinar o que ele é ou não é, por mais que pareça normal, na verdade é só uma das formas automáticas para depreciar aqueles que estão ao nosso lado. Além de mostrar o quanto nós nos julgamos o tempo todo ao invés de contribuirmos uns aos outros nessa desconstrução de estigmas sociais estabelecidos para tornar as mudanças mais difíceis. Esses julgamentos deixam claro o quanto as ações e comportamentos dos outros incomodam, uma vez que sua atenção está voltada para fora.
Por isso não podemos deixar nossa vida cair nesse looping fútil de: achar que a nossa vida é ruim, julgar a vida dos outros e fugir dos problemas.
Não tenha medo de tirar as vendas que cobrem os seus olhos com verdades falsas e inseguranças. Reconheça os próprios acertos e as falhas também, para que você saiba quem realmente é, passando a se moldar da melhor forma para atingir seus objetivos.
Um grande abraço da Gabi para vocês.
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