Tentando parar com a palhaçada


-escrito com carinho para jovens que entram em colapso todo dia com eles mesmo por entupirem a cabeça com coisas que não valem a pena.

Não sei como o leite condensado dos mercados ainda não acabou, ou muito menos como a minha geladeira não pifou de tanto que eu abri e fiquei encarando as comidas lá de dentro, sem falar nas frias madrugadas solitárias assistindo série debaixo da coberta chorando por nenhuma razão específica…. mas o pior de tudo é receber a notificação do uso diário do celular me dizendo que passei nada menos do que 10 horas olhando para ele. Depois dessa eu só conseguia me sentir uma inútil, aquela sensação que te faz questionar qual o seu valor no mundo. Aí quando essa pergunta ficou sem resposta só restou o desespero.

Agora vou lançar o surto mais brabo de todos, certeza de que você chorou no banho por causa disso…. quando bate aquele pensamento: “meus amigos não falam mais direito comigo”, “só eu que chamo eles para conversar”, “ninguém mais quer saber como eu estou”. Não vou mentir dizendo que parte dessas afirmações podem até estarem certas, se não contar com todo o drama por trás (aquele que você nunca vai admitir que faz), mas vou falar uma coisa que provavelmente ninguém te disse com todas as letras para não ferir seus frágeis sentimentos: VAI ARRUMAR ALGUMA COISA DE ÚTIL PARA FAZER SEU JUMENTO. (eu até tiraria a parte do jumento, mas lembra aquele lance do drama?…)

Eu não quero bancar a mãe chata aqui, entretanto não tenho muitas alternativas… Você por um acaso nasceu colado no seu amigo? Porque eu sei que ele não produz o oxigênio que você respira, isso aí é papel das plantas e das algas, (já estamos carecas de saber que o pulmão do mundo não é a floreta amazônica, e eu posso te garantir que seu amigo também não é). Dessa forma, só nos resta parar com essa palhaçada e fazer alguma coisa para mudar. Então, agora que a parte do papo reto passou vamos encarar a realidade de uma maneira diferente e bem direta: seu best friend está andando com a vida dele.

Aceita que dói menos.

Por aí você percebe que já passou da hora de fazer o mesmo para não ser taxado de dependente pela sua própria cabeça em relação aos seus miguchos.

Ser prático pode ser estranho no início, no fim também, mas se seu crânio não for vazio, (eu tenho certeza de que não é), coloque seu cérebro para funcionar só um pouquinho para evitar uma explosão desnecessária, a qual ninguém merece (porque é nessas horas que relacionam nós, adolescentes, os mais legais de todo o mundo, com descontrole e chatice. Na boa, vamos mudar esse estereotipo agora).

Por experiência própria, os surtos não vão completamente embora, o negócio é passar por eles sem descer do salto, ou pelo menos carregando ele nas mãos. Assim, uma das melhores formas de encarar esses desvios malucos que criamos (para de pensar que você não os cria e que está plenamente centrado, porque eu garanto que não está) é adotar a melhor “filosofia” moderna de vida interpretada pela maravilhosa Elsa:

“let it go”

Sim, isso mesmo, deixa as coisas acontecerem no tempo delas, relaxa, justamente porque você não pode controlar absolutamente nada. A melhor forma de fazer isso é escutar música no máximo de fone deitado no chão frio do seu quarto. Aposto que uma parte da sanidade mental do seu cérebro acabou de me criticar, “ah, escutar música no máximo faz mal pro ouvido”, quanto a isso eu prefiro não comentar para não acabar mandando a parte certinha de cada um para aquele lugar não muito agradável.

Tenha isso em mente: a coisa mais útil que você pode fazer por sí mesmo é não poluir sua mente com um monte de hipóteses, problemas, raivas sem noção e esquecer um pouco das tragédias. Crie tempo com você mesmo.

Espero que tenha ajudado.

Beijos de uma adolescente completamente louca e fora dos padrões que jamais vai te deixar na mão.

Gabriela Brasil

Lá vai o meme de hoje:

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